RELATO DA EXPERIÊNCIA OBSERVADA
Ana Lúcia Seixas Oliveira
Maria Antonieta Menezes
Essa experiência foi vivenciada na escola Lucas Cardoso Costa, integrada a Rede Municipal de ensino, localizada na Avenida Justiniano de Castro Dourado s/n, Lapão-Bahia, atendendo alunos do Ensino Fundamental I e II nos turnos matutino, vespertino e Educação de Jovens e Adultos a EJA à noite. Essa escola dispõe de um espaço físico ótimo, com as salas de aula amplas e arejadas, sala para multimídia, diretoria, laboratório de informática, área externa murada, oferecendo segurança e bem estar para a comunidade estudantil e funcionários. O sistema de ensino oferecido pela escola é em forma de série e ciclo (EJA) e por disciplina, dividido em 04 unidades, contemplando a carga horária de 200 dias letivos ao ano.
A escola funciona de maneira integrada em observância ao Projeto Político Pedagógico, onde os problemas são compartilhados não só com a equipe escolar, mas com a comunidade local, pois, essa escola e um referencial para a sociedade, por estar inserida numa cidade pequena, todos os acontecimento sociais refletem na escola, com isso, possibilitando planejar e desenvolver ações que contribuem para a transformação social.
Ao observar a aula de Historia para alunos da 7ª serie A, percebemos que os objetivos propostos no plano de aula da professora regente, não foram alcançados, devido á metodologia tradicional usada. Durante a aula a professora expôs o assunto através de aula explicativa, perguntas dirigidas e utilização de questionário do livro didático como fixações do assunto, enquanto os alunos permaneceram de forma passiva o tempo todo e isso demonstra o porquê da falta de interesse do aluno para com a disciplina Historia.
Sabe-se que o objetivo dessa disciplina é desenvolver o senso crítico e reflexivo do aluno, só que para alcançar tal objetivo é necessário desenvolver um trabalho pedagógico com metodologia motivadora que desperte no aluno o interesse em participar do processo como agente ativo na construção da aprendizagem. E isso não esta ocorrendo com essa turma, percebe-se uma ansiedade dos alunos em atividades mais dinâmicas, como debates, trabalhos em grupos, utilização de recursos tecnológicos como um filme, construção de painel etc. Onde o aluno seja instigado a pesquisar e construir a própria aprendizagem.
Nota-se que as iniciativas quanto à interdisciplinaridade são poucas, apesar do acompanhamento pedagógico que a equipe docente recebe. Existe uma preocupação por parte do professor em seguir os conteúdos do livro, sem com isso considerar que hoje em dia os alunos recebem um grande número de informações sobre as relações interpessoais e coletivas por intermédio dos meios de comunicação. Muitos têm a oportunidade de conhecer em seu próprio ambiente familiar memórias de outra época. Alguns lêem jornais, revistas e livros, muitos assistem à televisão, ouvem rádio, apreciam musicas, conversam e trocam idéias com parentes e amigos, vão sozinhos à escola, utilizam transporte coletivo, circula pelos espaços físicos e sociais. Todas essas são vivencias que lhes fornecem informações valiosas, sobre as quais o professor por meio do dialogo, do debate e da crítica inerente à sua pratica docente, pode atuar como agregador e catalisador.
A ação educativa requer que o professor realize diagnósticos sobre como os alunos estão compreendendo os temas de estudo e identifique quais os procedimentos e atitudes que favoreçam a compreensão dos temas que serão trabalhados para tanto a interdisciplinaridade complementaria todo esse conhecimento prévio do aluno. Mas na pratica diária do professor, não se encontra esse procedimento de integração das áreas, salvo em um momento especifico que é durante a feira de conhecimento realizada anualmente ai sim, é desenvolvido um projeto interdisciplinar para toda a escola e o alunado se joga de corpo e alma nesse empreendimento educacional.
Quanto às atividades desenvolvidas durante a aula observada, como já foi relatado anteriormente, a apresentação do assunto foi feita listando na lousa os itens que seriam expostos em seguida através de aula expositiva, sem interação do aluno, concluindo com um questionário respondido em dupla e verificado logo em seguida, Para essa aula foram usados os seguintes recursos: livro do aluno, lousa, giz e gravuras.
Desta forma é impossível se chegar a um resultado satisfatório, pois o ensino se resumiu na transmissão de conhecimentos enquanto se espera um ensino transformador, segundo Pimenta (2006), (...) quando se está ensinando, está se ensinando personalidades históricas e socialmente situadas. Trata-se de formar personalidades para a sociedade onde se está e que se quer transformar, está ai presente, pois, a tensão entre a educação como acomodação e a educação como transformação.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais, tanto nos objetivos educacionais que propõem quanto na conceitualização do significado das áreas de ensino e dos temas da vida social contemporânea que devem permeá-los, adotam como eixo o desenvolvimento de capacidades do aluno, processo em que os conteúdos curriculares atuam não como fins em si mesmos, mas como meios para a aquisição e desenvolvimentos dessas capacidades. Neste sentido, o que se tem em vista é que o aluno possa ser sujeito de sua própria formação, em um complexo processo interativo em que também o professor se veja como sujeito de conhecimento.
No contexto da proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais se concebe a educação escolar como uma prática que tem a possibilidade de criar condições para que todos os alunos desenvolvam suas capacidades e aprendam os conteúdos necessários para construir instrumentos da realidade e de participação em relações sociais, políticas e culturais diversificadas e cada vez mais amplas, condições essas fundamentais para o exercício da cidadania na construção de uma sociedade democrática e não excludente.
Essa atividade de observação da pratica docente, veio demonstrar a importância da motivação ao desenvolver uma pratica educativa, seja em qualquer área, série ou ciclo, é fundamental a reflexão didática, a troca de experiência, o debate, o desenvolvimento de ações inovadoras, o uso das tecnologias, enfim a busca constante do conhecimento irá subsidiar a complexidade da pratica educativa que cabe ao professor na formação do cidadão consciente de seus direitos e deveres para com a sociedade.
“Não há caminho algum para a transformação: a transformação é o caminho”. Paulo Freire
REFERENCIAS:
FREIRE, Paulo - Pedagogia do Oprimido. 42ª edição. São Paulo: Paz e Terra, 1990.
FREIRE, Paulo - (Donaldo Macedo) – Alfabetização, leitura do mundo, leitura da palavra. São Paulo: Paz e Terra, 1995.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS. História – 3º e 4º ciclos. Brasília: MEC/SEF, 1998.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS. Temas Transversais – 3º e 4º ciclos. Brasília: MEC/SEF, 1998.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS. Introdução – 3º e 4º ciclos. Brasília: MEC/SEF, 1998.
PIMENTA, Selma Garrido. O Estagio na Formação do Professor: Unidade Teoria e Pratica. São Paulo: Cortez Editora, 2006.
A escola funciona de maneira integrada em observância ao Projeto Político Pedagógico, onde os problemas são compartilhados não só com a equipe escolar, mas com a comunidade local, pois, essa escola e um referencial para a sociedade, por estar inserida numa cidade pequena, todos os acontecimento sociais refletem na escola, com isso, possibilitando planejar e desenvolver ações que contribuem para a transformação social.
Ao observar a aula de Historia para alunos da 7ª serie A, percebemos que os objetivos propostos no plano de aula da professora regente, não foram alcançados, devido á metodologia tradicional usada. Durante a aula a professora expôs o assunto através de aula explicativa, perguntas dirigidas e utilização de questionário do livro didático como fixações do assunto, enquanto os alunos permaneceram de forma passiva o tempo todo e isso demonstra o porquê da falta de interesse do aluno para com a disciplina Historia.
Sabe-se que o objetivo dessa disciplina é desenvolver o senso crítico e reflexivo do aluno, só que para alcançar tal objetivo é necessário desenvolver um trabalho pedagógico com metodologia motivadora que desperte no aluno o interesse em participar do processo como agente ativo na construção da aprendizagem. E isso não esta ocorrendo com essa turma, percebe-se uma ansiedade dos alunos em atividades mais dinâmicas, como debates, trabalhos em grupos, utilização de recursos tecnológicos como um filme, construção de painel etc. Onde o aluno seja instigado a pesquisar e construir a própria aprendizagem.
Nota-se que as iniciativas quanto à interdisciplinaridade são poucas, apesar do acompanhamento pedagógico que a equipe docente recebe. Existe uma preocupação por parte do professor em seguir os conteúdos do livro, sem com isso considerar que hoje em dia os alunos recebem um grande número de informações sobre as relações interpessoais e coletivas por intermédio dos meios de comunicação. Muitos têm a oportunidade de conhecer em seu próprio ambiente familiar memórias de outra época. Alguns lêem jornais, revistas e livros, muitos assistem à televisão, ouvem rádio, apreciam musicas, conversam e trocam idéias com parentes e amigos, vão sozinhos à escola, utilizam transporte coletivo, circula pelos espaços físicos e sociais. Todas essas são vivencias que lhes fornecem informações valiosas, sobre as quais o professor por meio do dialogo, do debate e da crítica inerente à sua pratica docente, pode atuar como agregador e catalisador.
A ação educativa requer que o professor realize diagnósticos sobre como os alunos estão compreendendo os temas de estudo e identifique quais os procedimentos e atitudes que favoreçam a compreensão dos temas que serão trabalhados para tanto a interdisciplinaridade complementaria todo esse conhecimento prévio do aluno. Mas na pratica diária do professor, não se encontra esse procedimento de integração das áreas, salvo em um momento especifico que é durante a feira de conhecimento realizada anualmente ai sim, é desenvolvido um projeto interdisciplinar para toda a escola e o alunado se joga de corpo e alma nesse empreendimento educacional.
Quanto às atividades desenvolvidas durante a aula observada, como já foi relatado anteriormente, a apresentação do assunto foi feita listando na lousa os itens que seriam expostos em seguida através de aula expositiva, sem interação do aluno, concluindo com um questionário respondido em dupla e verificado logo em seguida, Para essa aula foram usados os seguintes recursos: livro do aluno, lousa, giz e gravuras.
Desta forma é impossível se chegar a um resultado satisfatório, pois o ensino se resumiu na transmissão de conhecimentos enquanto se espera um ensino transformador, segundo Pimenta (2006), (...) quando se está ensinando, está se ensinando personalidades históricas e socialmente situadas. Trata-se de formar personalidades para a sociedade onde se está e que se quer transformar, está ai presente, pois, a tensão entre a educação como acomodação e a educação como transformação.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais, tanto nos objetivos educacionais que propõem quanto na conceitualização do significado das áreas de ensino e dos temas da vida social contemporânea que devem permeá-los, adotam como eixo o desenvolvimento de capacidades do aluno, processo em que os conteúdos curriculares atuam não como fins em si mesmos, mas como meios para a aquisição e desenvolvimentos dessas capacidades. Neste sentido, o que se tem em vista é que o aluno possa ser sujeito de sua própria formação, em um complexo processo interativo em que também o professor se veja como sujeito de conhecimento.
No contexto da proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais se concebe a educação escolar como uma prática que tem a possibilidade de criar condições para que todos os alunos desenvolvam suas capacidades e aprendam os conteúdos necessários para construir instrumentos da realidade e de participação em relações sociais, políticas e culturais diversificadas e cada vez mais amplas, condições essas fundamentais para o exercício da cidadania na construção de uma sociedade democrática e não excludente.
Essa atividade de observação da pratica docente, veio demonstrar a importância da motivação ao desenvolver uma pratica educativa, seja em qualquer área, série ou ciclo, é fundamental a reflexão didática, a troca de experiência, o debate, o desenvolvimento de ações inovadoras, o uso das tecnologias, enfim a busca constante do conhecimento irá subsidiar a complexidade da pratica educativa que cabe ao professor na formação do cidadão consciente de seus direitos e deveres para com a sociedade.
“Não há caminho algum para a transformação: a transformação é o caminho”. Paulo Freire
REFERENCIAS:
FREIRE, Paulo - Pedagogia do Oprimido. 42ª edição. São Paulo: Paz e Terra, 1990.
FREIRE, Paulo - (Donaldo Macedo) – Alfabetização, leitura do mundo, leitura da palavra. São Paulo: Paz e Terra, 1995.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS. História – 3º e 4º ciclos. Brasília: MEC/SEF, 1998.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS. Temas Transversais – 3º e 4º ciclos. Brasília: MEC/SEF, 1998.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS. Introdução – 3º e 4º ciclos. Brasília: MEC/SEF, 1998.
PIMENTA, Selma Garrido. O Estagio na Formação do Professor: Unidade Teoria e Pratica. São Paulo: Cortez Editora, 2006.
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